09/02/2011 07h50 - Atualizado em 09/02/2011 08h46
Grupo 5: adversários tradicionais não tiram o sonho do favorito Santos
Colo Colo e Cerro não andam inspirados para incomodar Neymar & Cia.
Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Um dos favoritos ao título deste ano não deverá encontrar muitas dificuldades neste grupo. O Santos terá pela frente o tradicional Colo Colo, que nem anda tão inspirado, além do já batido Cerro Porteño, do Paraguai, e do menos badalado Deportivo Táchira, da Venezuela. Nenhum tira o sono do técnico Adilson Batista e da torcida santista. De qualquer forma, molezinha só será se o time atender às expectativas criadas para a temporada 2011. É bom que Neymar & Cia. não durmam no ponto. Afinal, está na hora de o clube ganhar outro título internacional que não seja da era Pelé.
Palpite do blog La Pelota:
"Com Elano, ao lado de Neymar e Ganso, o Santos tem tudo para ir bem longe na Libertadores. A boa campanha pode começar na fase de grupos. Há que se ter atenção ao Colo-Colo, que, embora não tenha empolgado sua apaixonada torcida, tem tradição e potencial no elenco para ser o rival mais duro. O Cerro Porteño mostrou pouco na primeira fase, e o Táchira não parece ter muito mesmo para mostrar."
1º Santos
2º Colo-Colo
3º Cerro Porteño
4º Deportivo Táchira
Concorda com a análise? Dê a sua opinião
Neymar é canditadissímo a ser o astro da Taça
Libertadores (Foto: André Costa / Agência Estado)
Embalado pelo reconhecimento da CBF dos seis campeonatos nacionais que foram equiparados ao Brasileiro, o Santos, agora octacampeão, quer, além da hegemonia nacional, a sul-americana. Com dois títulos da era Pelé na bagagem, sonha com o tri e se igualar ao rival São Paulo. Para isso, Adílson terá Neymar de volta do Sul-Americano sub 20 na ponta dos cascos e aguarda pela recuperação de Ganso.
O retorno de Elano e o reforço de Charles para o meio-campo fortaleceram a equipe, que anda desfalcada também de Arouca, contundido. Jonathan, para a lateral direita, Maikon Leite e Diogo, ex-Fla, para o ataque, deixaram o elenco mais poderoso ainda do que o de 2010.
Olho neles: Neymar é uma das apostas para craque não só do Santos, mas também da competição. E Ganso pode aparecer também a tempo de dividir com o companheiro as honras de destaque. É a dupla mais forte da Libertadores.
Curiosidade: em 2007, o Peixe conseguiu chegar às semifinais da competição, mas acabou eliminado pelo Grêmio, que perdeu a decisão para o Boca Juniors.
Time-base (4-4-2): Rafael, Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo: Charles, Possebon (Arouca), Elano e Robson (Ganso); Neymar e Maikon Leite (Keirrison).
Técnico: Adilson Batista
Opinião: "O Santos está no mesmo caso do Fluminense. Tem o melhor elenco do Brasil e enfrentará três clubes conhecidos, mas é melhor e deve passar para a segunda fase. O time hoje tem os maiores talentos do país, Neymar e Paulo Henrique Ganso, e esta será a primeira Libertadores deles. O Colo Colo chega sempre como um adversário a ser respeitado, mas nem tem passado da primeira fase. O Cerro Porteño, a mesma coisa. Com camisa, tradição, sempre patina. O Deportivo Táchira apresenta bons momentos, mas não o vejo como um time perigoso para o Santos."
Lédio Carmona, comentarista do SporTV (visite o blog)
Luis Cáceres, o pensador do Cerro (Foto: EFE)
Equipe que mais pontuou no país em 2010. o Cerro Porteño conseguiu superar o Deportivo Petare na Pré-Libertadores mantendo a base e conseguindo três reforços - o lateral Formica, o volante Fabbro e o atacante Lucero. O time é praticamente o que atuou contra o Vasco em amistoso no Rio de Janeiro este mês. O goleiro Diego Barreto, que esteve no Mundial da África do Sul, o meia Luis Cáceres, 22 anos, homem de criação, e o atacante argentino Roberto Nanni são os destaques. Pode brigar pela segunda vaga, mas com menos chances.
Olho nele: Luis Cáceres é o grande pensador do time e a grande esperança para conduzir o time à segunda fase.
Curiosidade: O Cerro vai para a sua 34ª Libertadores, mas jamais conseguiu faturá-la.
Time-base (4-4-2): Diego Barreto, Cesar Benítez, Mariano Uglesich, Luis Cardozo, Iván Piris, Luis Cáceres, Javier Villareal, David Mendoza, Jonathan Fabbro, Juan Lucero e Fredy Bareiro (Nanni).
Treinador: Javier Torrente
Opinião: "A equipe conseguiu classificação para o Grupo 5 após vencer o Deportivo Petare-VEN na primeira fase da competição. Com sacrifício, já que garantiu a vaga na primeira partida ao vencer por 1 a 0 em casa, a equipe mostrou que terá de trabalhar muito se quiser se classificar para a fase de mata-mata da competição. Treinado por Javier Torrente, a principal estrela da equipe é Roberto Nanni."
Vinicius Bordim, do blog Futebol Argentino e profundo conhecedor do futebol sul-americano
Velho conhecido da torcida do Botafogo, Castillo é
muralha no Colo Colo (Foto: Divulgação/Site Oficial)
É o time que dará mais dor de cabeça para o Santos. Tem tradição e camisa, mas o fim de 2010 não foi nem um pouco o dos sonhos. A equipe liderava o Campeonato Chileno, mas o Universidad Católica reagiu, passou voando e ficou com o título. Apesar da frustração e de não ter a mesma força, o elenco conta com bons jogadores. O goleiro é um conhecido dos brasileiros: o uruguaio Castillo, ex-Botafogo. No meio-campo, a habilidade de Rodrigo Millar e Salcedo dita o ritmo para, na frente, Paredes mandar para as redes.
Olho neles: o goleiro Castillo não teve passagem brilhante pelo Botafogo, mas é cercado de expectativa de que seja a muralha da equipe chilena. Rodrigo Millar é o mais talentoso e promete aprontar.
Curiosidade: na Libertadores do ano passado, o Cacique, que não vai a uma final desde 1991, quando foi campeão, ficou na primeira fase e enfrentou um brasileiro, o Cruzeiro.
Time-base (4-2-2-2): Castillo; Ormeño, Scotti, Toto (Alayes) e Jerez; Salcedo, Millar; Fuenzalida, Jorquera; Miralles e Paredes.
Treinador: Diego Cagna.
Opinião: "O Colo Colo começa a Libertadores com muitas perguntas. O técnico Diego Cagna não conseguiu dar ainda um padrão de jogo à equipe. Em 2010, perdeu o título chileno na reta final de forma inacreditável, apesar de uma vantagem de sete pontos sobre o U. Católica. Este ano, o elenco passou por muitas mudanças. Perdeu jogadores como Arturo Sanhueza, Rodrigo Melendez e Miguel Riffo. Saiu também o colombiano Macnelly Torres. Chegaram o goleiro Juan Castillo, ex-Botafogo, e, para a zaga, Agustín Alayes, ex Newell's Old Boys, e Álvaro Orme, ex-Gimnasia y Esgrima de La Plata. Eles se juntam a uma equipe que tem, entre outros, Rodrigo Millar, convocado por Marcelo Bielsa para a Copa na África do Sul, e Andrés Scotti, zagueiro da seleção uruguaia. O Colo Colo joga com linha de quatro, com um meia, típico camisa 10, para servir os dois atacantes, Miralles e Paredes, que têm mobilidade, velocidade e definem bem."
Alfredo Martinez Cortes, do jornal "Las Últimas Notícias".
Sebástian Hernández é maior aposta do técnico
Jorge Luis Pinto (Foto: Divulgação/Site Oficial)
É um time bom para atuar domesticamente, no futebol venezuelano, mas não deve incomodar os adversários. Tem poucas chances de classificação para a segunda fase. Foi campeão do Apertura do ano passado e conseguiu manter a base, exceto o capitão Jorge Alberto Rojas, de 33 anos. Pelo lado direito, o lateral José Yéguez sobe bem para o ataque. No ataque, Sérgio Herrera é esperança de gols. O técnico colombiano Jorge Luis Pinto ainda espera o retorno da revelação Jackson Clavijo, que está na seleção sub-20 que disputa o Sul-Americano no Peru. Afinal, o primeiro adversário na tabela será o favorito Santos de Neymar.
Olho nele: O bom toque de bola e a diferenciada visão de jogo do meia-atacante colombiano Sebástian Hernández são o grande trunfo da equipe. O jogador é a maior aposta do técnico Jorge Luis Pinto.
Curiosidade: O time participará da Libertadores pela 13ª vez em sua história.
Time-base (4-3-1-2): Sanhouse; Chacon, rouge, Moreno, Yeguez; Fernandez, Guerrero, Parra, Hernandez Gutierrez, e Herrera.
Treinador: Jorge Luis Pinto.
Opinião: "Tem de longe o melhor plantel da Venezuela. Em sua primeira experiência à frente de uma equipe de massa, o colombiano Jorge Luis Pinto o levou ao título. O trio de ataque, formado pelos colombianos Hernández e Herrera e o chileno Gutierrez, é letal. O objetivo é passar à fase de grupos e fazer uma boa campanha na competição. Ainda que não tenha se reforçado de jogadores de renome, tem elenco suficiente para tentar igualar sua melhor participação no torneio, quando chegou às quartas de final."
Allan Hrastoviak, editor do site www.venezuelaesfutbol.com